Em Salesópolis e Pirapozinho, forças-tarefas montadas pelo NAJ obtêm penas expressivas
quarta-feira, 23 de abril de 2025, 09h17
Duas forças-tarefas instituídas pelo MPSP resultaram em condenações bastante expressivas no Tribunal do Júri, que julgou crimes de grande repercussão em Salesópolis e Pirapozinho.
No primeiro caso, os promotores Gabriela Pereira Viannay Belloni, Thiago Alcocer Marin e Thiago Alves Duarte Faerman, estes dois últimos destacados pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ), ligado ao Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim), obtiveram a pena de 46 anos, 5 meses e 7 dias de reclusão, em regime inicial fechado, para os pais que assassinaram o próprio filho, uma criança de apenas 6 anos que foi violentada. "Neste contexto, note-se que os crimes cometidos apresentam gravidade concreta que suplanta os próprios tipos penais: homicídio qualificado e estupro de vulnerável praticados pelos genitores contra criança de 6 anos de idade, com crueldade acentuada e facilmente atestada pelas fotografias", anotou o juiz, que presidiu um julgamento que se estendeu por quatro dias e terminou em 12 de abril.
No segundo caso, os promotores Yago Lage Belchior, Rodrigo Alves Gonçalves, Renan Mendes Rodrigues e Francisco Antonio Nieri Mattosinho, os três últimos também destacados pelo NAJ, conseguiram condenar três réus a penas que ultrapassam 17 anos de prisão no que tange ao mais implicado no "tribunal do crime do PCC" que resultou na morte de uma vítima. Em Pirapozinho, o julgamento levou três dias, encerrando-se em 12 de fevereiro. Nenhum dos condenados aguardará o recurso em liberdade.
"Foram dois casos de grande importância para o Ministério Público de São Paulo. A designação de colegas em força-tarefa atende ao artigo 5o, I, II e IV da Resolução 1852/24-PGJ, por envolver complexidade (primeiro caso) e envolvimento de organização criminosa (segundo caso), de maneira que a atuação destacada do MPSP confere alta credibilidade perante a sociedade local. O resultado dos julgamentos demonstra o quão importante é a atuação integrada do promotor natural com os promotores designados, todos eles absolutamente dedicados e comprometidos com a busca da justiça e com a proteção da vida”, afirmou Everton Zanella, coordenador do NAJ.
Fonte: MPSP