Filme retrata projeto do Tribunal de AL que garante direito à educação em unidades prisionais

O juiz Alexandre Machado, da 16ª Vara Criminal da Capital — Execuções Penais — e idealizador do programa de remição da pena por meio da leitura, avaliou o documentário “Livros que Libertam: além da remição” como uma importante ferramenta para inspirar outras pessoas e instituições.

Confira o filme:

"Espero que esse belíssimo trabalho, produzido pela Samba Caitá com o apoio de diversas instituições públicas, vá além da reflexão e se transforme em um verdadeiro chamado à responsabilidade social que todos nós temos de concretizar o direito à educação às pessoas privadas de liberdade”, disse o magistrado.

O documentário, dirigido por Renah Berindelli e Bernardo BBlack, foi exibido pela primeira vez na quarta-feira (5/11), na XI Bienal Internacional do Livro de Alagoas, durante a programação do Sesc Alagoas. Com 19 minutos de duração, a película traz depoimentos emocionantes de reeducandos que participam do programa.

“Fiquei muito motivada a realizar este filme por acreditar no poder transformador da leitura e da educação dentro do processo de ressocialização. E registrar essa ação seria uma forma de poder divulgar o projeto e tentar replicar esse tipo de ação em todo o Brasil”, disse a diretora Renah Berindelli.

Ao todo, foram quatro meses para o material ser finalizado, tendo as gravações ocorrido no mês de junho deste ano.

“É uma emoção muito grande ver o resultado pronto e perceber a proporção que este projeto pode tomar. É uma sensação de dever cumprido e a vontade de continuar utilizando o cinema como ferramenta de divulgação de políticas de ressocialização para que a sociedade perceba que apenas com projetos como esse é que podemos caminhar para um novo modelo de justiça”, justificou.

Para o magistrado Alexandre Machado, investir na educação é fundamental para proporcionar dignidade e o desejo de mudança na vida dos reeducandos.

“Promover a leitura no cárcere é promover liberdade, e cada página lida é um passo a menos na reincidência e um passo a mais na construção de uma sociedade mais segura”, finalizou.

FONTE: CNJ